quinta-feira, 2 de agosto de 2007

EXPIAÇÃO E O RENASCER



Um castelo esplêndido,
Da Idade Média,
Famoso por suas formas
Arquitetônicas, em seu interior,
Numa cama. Muito doente,
Seu proprietário agonizava...
Fora dono de extensos domínios,
Da maior e fabulosa fortuna latente,
De nada valeria esta riqueza...

Em espasmos intensos de agonia...
Aquele homem dirigia um último olhar
Para seu brasão invicto,
Nobre e glorioso,
Insculpido nas fulgores realezas
De sua fortaleza e na beleza
Formada por seu castelo formoso,
Transbordante de inúmeras glórias
Como também de riqueza...

Esse pobre homem alongando,
Um pouco mais a sua vista,
Pode ver o feito da sua maior conquista
Nas imensas searas em que era dono
Mas com suas mãos cruéis,
Mãos destruidoras...

Sacrificando muitas almas sofredoras...
Visualizou sua fortuna,
A glória apetecida,
Tesouros fanados e passageiros...
O castelão em espasmos
Cruéis e derradeiros,
Como seu opressivo coração
Imergindo num pranto profundo...
Feneceu, expirando para o mundo
A sua alma despida
Das grandezas terrenas,
Efêmeras realezas...
Após vários anos de letargia
Certo dia foi despertada
Para novamente
Renascer em outro corpo
E cumprir assim o desígnio divino...


Tancredo A. P. Filho

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