domingo, 29 de julho de 2007

AMOR ANDARILHO


Oh! Minha querida,
Meu amor,
Que em plena madrugada,
Vigia meu sono
Vigia meu deleite.
Caminhando sem pressa
Enquanto o peito treme
E fala baixo
À lua simulada.

O meu amor é imenso,
Isso eu não minto,
Seu beijo é terno,
É sedutor,
Mas de desejo
Tem fome,
Nunca se consome.
Sente o vazio
E também o pleno,
De tudo que sinto.

Meu amor fiel na cor,
Que se condensa,
Anda solitário, a esmo,
Nesta noite imensa
Sem descobrir a dor
Do teu partir.

Meu amor andarilho,
Cão sem dono,
Afago do poente,
Fábula do outono,
Sem medo do viver,
Sem medo do existir.


Tancredo A. P. Filho

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